segunda-feira, 27 de abril de 2009

Caro Paralelo(?)


Agradeço os elogios, mas não sou magnífico nem tenho uma atitude “pro-activa”. Quando muito, tenho uma atitude que penso ser a mais correcta para comigo mesmo: fazer aquilo que gosto ou pelo menos tentar e, dar a conhecer e dar o prazer de usufruir dos meus gostos aos outros que não tiveram nem têm as mesmas oportunidades que eu tive e tenho. No fundo, sigo um princípio cristão: dar sem esperar nada em troca.
Sem querer ser mal-educado nem desagradável, acho (tenho a certeza) que está muito mal informado, melhor, não percebe nada disto. Está a meter a “foice em seara” completamente desconhecida para si. É que quem freqüenta os conservatórios é para fazer um curso superior, tal e qual um médico ou um advogado ou engenheiro. Se acha que os outros pais cujos filhos estudam em universidades o fazem sem sacrifícios ...
Quanto à realidade sócio-económica que tanto o preocupa, é melhor pedir explicações aos incompetentes (e não só) dos que dirigem os destinos deste país. Eu não me sinto culpado, pois nunca tive qualquer “tacho”, não sou nem nunca serei político. Se o país está mal a culpa não é minha, isso posso eu garantir-lhe.
Quanto ao futuro das crianças, por me preocupar o futuro delas e deste meu país, é que arranjei “dores de cabeça”, quando podia ter ficado em minha casa a desfrutar da minha família, da minha música e dos meus amigos e estar-me nas “tintas” para Campo Maior. É que não ganho nada em ter feito a Ad Septem Ars. Só chatices!
Só mais um reparo. O problema não é ter-se anulado um concerto. O problema é ter-se anulado um concerto por FALTA DE VERBA! É que as pessoas em questão, os músicos, são profissionais e vivem disto mesmo: dos concertos! Este é o seu ganha pão! E para se realizar um concerto, cada músico "gasta" muito, mas mesmo muito do seu tempo, diria meses, tempo que não é pago!
Só um conselho: Quando quiser comentar, comente só o que e do que sabe. É que para ignorantes, já chegam os políticos!

domingo, 26 de abril de 2009

Grave ... Gravíssimo ... Quo Vadis Cultura?

Recebi um "mail" da pianista Maria do Céu Camposinhos que transcrevo em baixo.
Palavras para quê? Isto é Portugal! E depois venham falar-me em TGV's, auto-estradas e pontes sobre o Tejo ... Que eu depois logo lhes digo onde vão pôr o voto! É caso para dizer: "Mudam as moscas, mas a m... é sempre a mesma". Passaram já 35 anos, mas Portugal continua a ser Lisboa e o resto são paisagens! O mal disto tudo é que, quando precisam de nós músicos, até nos chamam génios, só para se mostrarem que até são cultos - como diz um amigo meu também músico.
Antes de deixar este triste "mail", pergunto: Quo Vadis Cultura?

"Maestro , lamentavelmente o nosso concerto em lisboa já não se vai realizar por agora, como se pode ler no comunicado abaixo.
A cultura tb está em crise !!
Maria do céu

Exmas. Senhoras:
Maria do Céu Camposinhos
Paula Almeida

Lisboa, 23 de Abril de 2009

Assunto: Recital de Violoncelo e Piano Palácio Foz

Exmas. Senhoras,

Conforme solicitado, venho por este meio comunicar que o recital sugerido por V.Exas, agendado para o dia 10 de Maio de 2009, a ter lugar na Sala dos Espelhos do Palácio Foz, foi adiado sine die. No âmbito do Programa de Apoio Directo às Artes de 2009, a Direcção-Geral das Artes não atribuiu qualquer apoio à Juventude Musical Portuguesa (JMP), razão pela qual esta Associação foi forçada a adiar todos os recitais (excepto aqueles que já se encontram apoiados e a realizar em parceria com outras entidades), até conseguir financiamento para a sua concretização.

Com os melhores cumprimentos,

Maria João Rodrigues"

sexta-feira, 24 de abril de 2009

Anónimo

Acho que se enganou na pessoa, no blogue ou então não lê. Eu aqui, neste meu "escrito", não tenho nem quero ter a ver com as escolas, com o ME e suas delegações. Não respondo a anónimos, pois acho um acto de muita cobardia esconder-se, parece com medo de não sei o quê, atrás de um falso nome que não é sequer um heterónimo. Assim sendo, ainda que publique o comentário deste anónimo, negar-me-ei a fazê-lo se continuar a demonstrar tanta cobardia. Se tem alguma coisa a comentar com o que se passa na EB2 de S. João Baptista, deve dirigir-se a quem de direito e não a mim. Só para esclarecimento: "ANÓNIMO" QUE SE PREZE ESTÁ MORTO!

terça-feira, 21 de abril de 2009

E VIVA A TERTÚLIA!

Caros co-tertulianos
Já uma vez aqui escrevi que não sou nem nunca serei político. Sempre estarei, pelo menos tentarei, estar sempre equidistante de todos os políticos. Ainda que entre estes últimos tenha alguns amigos (poucos = 3).
Não sou capaz de entender a música dessa maneira, meu caro amigo Zé Camões! Para mim não há música para as distintas "classes sociais", por um único motivo: por não reconhecer, do meu ponto de vista musical, as diferentes classes sociais. No entanto, reconheço como cidadão do mundo, que há classes sociais económicas. O que há, e isso está comprovado, é habituação/educação a um determinado estilo musical. E tem mais a ver com o interesse que cada um tem em descobrir o que está mais além do nosso "nariz". Os gostos cultivam-se, moldam-se com uma rapidez impressionante. Basta entender o que se ouve. Hoje é tudo muito mais rápido pela influência dos "media".
Uma confissão: todos os "clássicos", eu incluído, sempre gostámos de música popular tradicional, porque a verdadeira música é aquela que vem do povo anónimo. Nós músicos-compositores só lhe damos uma forma mais apurada e definida. Mas uma coisa é certa: cada um tem um gosto mais ou menos pré-definido pelo meio onde reside e com quem vive, sempre possível de ser moldado.
Os meus pais, hoje só o meu pai, gostavam de folclore, de fados e guitarradas e eu, só muito tempo depois de estudar música me apercebi da beleza do nosso folclore, tão difícil de superar. Neste rectângulozinho à beira mar plantado temos uma diversidade de música folclórica tradicional muito difícil de igualar, mesmo em países muito maiores que o nosso. Por isso, nada de menosprezar o nosso folclore! Quanto ao fado, " a música" é outra. Tornou-se tão comercial, que perdeu aquela qualidade fundamental, pelo menos para mim, a IMPROVISAÇÃO das letras e da própria música.
Se conhecesses as pessoas que se dedicam à música clássica e ao Jazz, não falarias de classes, quase de certeza, pois entre nós músicos há os bons e os maus músicos. E só isso! O resto é para jornalista e político.
Entendes-me?
Um abraço, caro amigo Zé Camões.
Caro amigo João Paulo
Quanto aos Emerson, Lake and Palmer não os recordo especialmente, quero dizer que não me lembro de nada do que tocaram. Sei que muita da música que tocavam eram excertos de obras clássicas de Mozart, Bach, Beethoven etc., etc., tocadas por um teclista, baixo eléctrico e bateria. Sei que o faziam muito bem, pelo menos fiquei com essa ideia.
Assim, caro amigo, não estou de acordo contigo com essa da influência dos ditos "ELP". As minhas influências vêem por outro lado, canto gregoriano, JSBach, Haendel, agora Mozart (estou redescobrindo-o), o jazz, o nosso folclore tradicional e pouco mais e, fundamentalmente a POESIA. Mas fico muito contente e feliz por saber que uma música minha te fez recordar passagens da tua juventude que eu também vivi. Obrigado!
Quanto à minha "Dança do Vento", vai ser estreada em Leiria no próximo dia 2 de Maio, no festival dedicado a Afonso Lopes Vieira.
Um abraço.

segunda-feira, 20 de abril de 2009

Para tudo há uma idade

Caro Zé Camões
Acho os nossos escritos tertulianos muito, mas mesmo muito interessantes e importantes, pelo menos para mim. Há só um pormenor: "assume-te de uma vez e acabas com os rumores!" Sei que não o vais fazer, mas é coisa que não entendo. Temos que assumir as nossa posições e ideias e defendê-las o melhor que soubermos.
Mas vamos ao que interessa.
Quanto a Música, os meus gostos nem sempre foram os mesmos. Sempre gostei de Música chamada Clássica, mas nos meus tempos de juventude, já tenho 52 anitos, toquei e gostei de Joe Cocker, Rolling Stones, Aretha Franklin, Deep Purple, Plink Floid, Emersom/Lake and Palmer, Bob Dylan, Ray Charles, etc., e tantos outros ... Mas toquei Fados, Jazz, Música Tradicional Portuguesa e não só ... Sei lá, acho que toquei de tudo um pouco. Penso que como músico fiz uma passagem mais ou menos importante por todos os géneros musicais, fazendo sempre uma filtragem, até chegar e ficar com o melhor, pelo menos para mim, que é a "música clássica": desde o Canto Gregoriano até à Musica Contemporânea.
Uma vez li uma entrevista do senhor Joe Cocker que afirmava com todas as letras, que a música que cantava e fazia não era importante, mas sim a de Chopin, Mozart, etc., porque com as suas inovações, permitiam-lhe a ele e aos outros fazer música. E por aí ia divagando. Só já não me recordo onde li essa entrevista, mas creio que foi numa revista de Rock da altura. Quanto ao Woodstock de 1969, eu tinha 14 anos e segui como pude o festival, roendo-me todo por não ser americano.
Quanto à minha visão da música, é sempre a de um músico/compositor e director de orquestra, que tem uma visão muito particular (e crítica) de tudo o que se faz e fez em termos musicais. Digamos que é sempre o técnico a opinar. É que: PARA TUDO HÁ UMA IDADE!
Um abraço.

Arthur Schopenhauer - Esclarecimento

Arthur Schopenhauer (Danzig, 22 de Fevereirode 1788 - Frankfurt, 21 de Setembro de 1860) foi um filósofo alemão de século XIX da corrente irracionalista.

Caro Jack the Ripper


Este ilustre filósofo, que eu tenha conhecimento, nunca foi músico, mas sim um bom apreciador de música. Quando me referi a este grande filósofo como músico e, também, porque me deixei levar pela emoção, estava a referir-me a Stochausen, já falecido. Há para aí alguns vídeos e livros sobre este compositor alemão. Há um livrito, que recomendo, da Editorial Salvat dedicado à Música Contemporânea, com uma grande entrevista deste compositor, onde ele aborda a música e explana os seus pontos de vista e convicções musicais e sobre a vida musical.
Obrigado pela presença no concerto de ontem. Os agradecimentos têm que ser dados em primeiro lugar às Irmãs Concepcionistas, à Câmara Municipal e aos músicos/cantores. A nós, enquanto associação, ficamos com o prazer a alegria do trabalho bem feito. Creio que demonstrámos, penso eu, que Campo Maior tem público para este género de música. Quem pensava que os campomaiorenses só gostavam de música popular, está completamente enganado ou mal informado. E nãso nos esqueçamos que havia mais duas actividades em simultâneo, uma no auditório e outra no circo!
Um abraço e desculpa lá a confusão que originei que, só hoje depois de ler o teu comentário, é que dei conta da asneira que escrevi.

sexta-feira, 17 de abril de 2009

A filosofia do romântico Wagner ou do “humanista” Schopenhauer?

Caro Zé Camões
Como músico, ainda que pareça mentira, nem um nem outro. Entre um e outro, fico-me com Wagner, se tiver que escolher um deles.
Musicalmente "falando", pelo menos para mim, é muito mais importante e fundamental na História da Música Ocidental, Wagner que Schopenhauer. Não gosto do caminho seguido por este último. Não vai comigo. Filosoficamente falando, neste caso escrevendo, Schopenhauer é o meu preferido. Também as épocas são outras, as que viveram estes dois ilustres compositores. Tenho muitas dificuldades em "entender", as partituras do senhor Schopenhauer, (apesar de as compreender e as ler). Já as do senhor Wagner, talvez por tê-las estudado com mais profundidade e atenção, são uma maravilha, apesar de eu não gostar de ópera. Mas gosto de Canto e de cantar. E de Polifonia e de Canto Gregoriano.
Reconheço, no entanto, que Schopenhauer é muito inovador, mas também muito do Show Business.
Eu, como compositor, estou noutro caminho mais parecido com Debussy e Ravel. Sou mais do tipo "Impressionista", se é que o posso afirmar desta maneira. Mas não sou impressionista. entre estes dois e JSBach, prefiro este último. Ah! E Joly Braga Santos!
Esclareci-te? Espero que sim.
Só para rematar, adoraria compôr uma ópera. Só estou à espera de um/a libretista.
Um abraço e obrigado por me seguires.

quinta-feira, 16 de abril de 2009

CONVITE

Cara Joana Aleixo

Já que cantou num coro, o "CHORAL AEMINIUM", suponho e não me devo enganar, excepcionalmente bom, porque não voltar a fazê-lo, mas em Campo Maior? Pense nesta minha proposta, pois já tem a exepriência de cantar em grupo, coisa rara nesta terra. Se quiser entrar em contacto comigo estou à disposição.
Obrigado pelo seu apoio e contacto. Conte comigo e com a Ad Septem Ars.
Recordo que no próximo domingo, dia 19, pelas 16 horas na Igreja do convento vamos realizar mais uma actividade, desta feita dedicado à música coral.

quarta-feira, 15 de abril de 2009

Agradecimentos

Joana, quem quer que seja, agradeço imenso. Só lhe falta o apelido, mas tudo bem. Obrigado. Nunca os ouvi, mas pela estrutura, repertório e actividades demonstradas, têm que ser muito bons. Pode ser, lá mais para a frente, que a Ad Septem Ars os possa trazer a Campo Maior.

sábado, 4 de abril de 2009

Um Pedido (de desculpas também)

Houve alguém que me deixou um comentário, creio que era sobre um coro, mas caprichos da informática ou inoperância minha, perdeu-se. Se quem o deixou mo quiser deixar novamente, agradeço. E muito. As minhas sinceras desculpas.

sexta-feira, 3 de abril de 2009

Novo Sítio da Ad Septem Ars

Aqui deixo o novo sítio da Ad septem Ars:

www.adseptemars.wwwpt.net

PRÉ-INSCRIÇÕES - AVISO (e não só)

Esta "mensagem" é mais para os distraídos e despitados. Como eu. É mais as vezes que olho e não vejo, oiço e não escuto. Dirão alguns: "É músico!" ou "É artista!" Com todos os defeitos e virtudes, desculpem-me lá, mas sou assim atirado p'ro despistado.
Estamos, a Ad Septem Ars e os professores que estão ou vão começar a trabalhar na nossa Academia de Música, a planificar o próximo ano lectivo. Para as "coisinhas" serem bem ou mais ou menos bem feitas e, também, para sabermos com o que vamos contar e necessitar.
Aqui vai o aviso: ESTÃO ABERTAS PRÉ-INSCRIÇÕES PARA A AULA DE GUITARRA E PARA A AULA DE MÚSICA E MOVIMENTO. Esta aula de Música e Movimento é para os mais pequenos, entre os 3 e os 6 anos.
Recordo que a partir de 1 de Maio do corrente ano, a Aula de Música e Movimento para crianças entre os 3 e os 6 anos de idade, vai começar a funcionar na nossa sede, sita na Praça Velha.
Para quem estiver interessado, pode pré-inscrever-se por:
  • podem contactar-me pessoalmente ou a professora Isabel Pereira ou qualquer outro membro da Direcção,
  • pelo telefone número 965 390 214.
Estamos a tentar arranjar um/a professor/a de VIOLINO.
Um esclarecimento.
Parece-me que há gente que ainda não percebeu a filosofia e o carácter da Ad Septem Ars - Associação Cultural de Campo Maior. Pelo que tenho percebido, há por aí alguns ou algumas, que estavam ou estão há espera de me ouvir tocar piano ou dirigir alguma banda ou orquestra. Longe de mim tal ideia! Não foi para isto que foi criada esta associação. Para me auto-promover, continuava a dirigir a minha orquestra de câmara, a dar entrevistas, a tentar convencer os promotores de concertos, etc., etc., ou fundava uma empresa para me representar.
A Ad Septem Ars foi criada "para promover, divulgar a Cultura em todos os seus âmbitos e domínios profissionais e amadores, assimo como a formação e a aprendizagem", como se pode ler nos seus Estatutos. Recomendo vivamente que leiam o ARTIGO 2º, pontos UM, DOIS, TRÊS e QUATRO dos nossos Estatutos.
Só mais um apontamento.
Pelos vistos, poucos sabem a quantidade de PAPELADA que é preciso tratar para uma associação sem fins lucrativos como a nossa. Ainda hoje, dia 3 de Abril, recebemos documentos da Segurança Social imprescindíveis para podermos trabalhar sem qualquer problema legal, porque problemas sempre os teremos. Para terminar, quantas associações culturais ou não, conseguem realizar TRÊS (3) actividades, DOIS CONCERTOS, (um a realizar dia 19 de Abril com entradas gratuitas ambos) e INICIAR UMA ACADEMIA DE MÚSICA COM TRÊS MESES DE VIDA ASSOCIATIVA?
Antes que me "falhem" os agrdecimentos, ou seja, antes que me despiste e me esqueça, quero deixar aqui o meu agradecimento ao João Azinhais e ao João Paulo. Obrigado aos dois!