sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

SUBSÍDIOS - SIM ou NÃO? (revisto)

AVISO: Não irei permitir polémicas nem irei responder a qualquer comentário. Quanto à publicação de qualquer comentário a favor ou em contra, ficará única e exclusivamente ao meu critério. Porque isto é só um pensamento não político, mas de um músico profissional que vê e interpreta a política cultural de outra forma.
No passado dia 2 de Dezembro, realizou-se uma reunião com toda a vereação camarária e as associações do concelho. Talvez uma nova forma de estar ou crise a quanto obrigas?
Eu estive presente em representação da Ad Septem Ars.
Percebi, ainda que não me tivesse sido comunicado, que seria uma reunião de e para contenção de despesas municipais. Era mais que lógico! Penso eu.
Como disse na altura, fiquei muito admirado de ver conjuntamente todas as associações que prestam um serviço social, como os bombeiros e IPSS. Porquê? Porque acho que não são associações, mas sim INSTITUIÇÕES que prestam um serviço social que outras não o prestam. Eu até pensava que a Câmara Municipal tinha um qualquer acordo de apoio para com estas Instituições! Mas pelos vistos enganei-me! Sempre supus que no orçamento municipal houvesse um apoio declarado e explícito para estas instituições! Ignorância minha! Mas deveria haver! E terá de haver num futuro não muito longínquo! Ou não?
Quem dá refeições e presta auxílios a tanta gente sem pedir nada em troca tem a "OBRIGAÇÃO" de ver recompensado o seu esforço e voluntariado dos seus membros. Chame-se como se chamar!
E as outras associações com que ficam? Com os restos? Não! Mas penso que é tempo de se acabar com o "beija mão"! Sei que tem sido sempre assim, mas ... Há que mudar! Façam-se projectos concretos. Se houver um interesse declarado para o concelho, creio que não restará dúvidas que dentro do orçamento municipal para estas agremiações, haverá apoio por parte das entidades concelhias.
Não me parece que seja muito correcta esta forma de atribuir subsídios. Entrega-se um plano de actividades e mais uns quantos documentos e ... pronto!
Cada associação tem a obrigação de saber o que vai fazer, quando o vai fazer e quanto vai custar! Chama-se a isto planificar e racionalizar gastos. Será mais barato para o Município? Talvez não, mas não lhe sairia mais caro! Isto de certeza absoluta. Se juntarmos a toda esta planificação uma dose de realismo, seriedade, honestidade e interesse público, de certeza qu o erário público ficará a ganhar.
A associação da qual sou presidente sempre quis trabalhar assim! O Município é que não o quis. Talvez por não ter percebido a ideia.
Eu sou a favor de que cada associação venda o seu produto, seja ele qual for! Todas as associações têm um produto para vender, ou não? Então vendam-no! A quem? Se é do interesse do concelho, vendam-no ao Município! (Entenda-se produto como qualquer actividade que seja do interesse público).
Sempre tive muita dificuldade em entender esta distribuição dos dinheiros públicos! Por conhecer e ter a experiência de outras associações noutros países, onde não há este "subsídio-dependência". E o mais curioso é qua as coisas funcionam mais ou menos, mais para mais do que para menos, bem! É assim em Espanha, França ou Itália. E lá a política cultural, que é coisa que cá não há, existe e funciona!
Mas esta minha opinião só é válida se o município não se quiser subsistuir às associações culturais e/ou de entretenimento, mas sim apoiar-se nelas. Caso contrário, tudo cai por terra!
Resumindo: SUBSÍDIOS NÃO! EXCEPTO PARA ...
Independentemente de estar certo ou errado.

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