quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Mais um projecto!

Pois é! Já me meti em mais uma alhada! Ou como me disse o meu pai: "Já te meteste numa camisa de onze varas!"
E o que vou eu fazer? Sim, o que posso eu fazer?
Acho que ser músico, com todos os defeitos e virtudes que tenha, é muito mais que só pensar e idealizar uma carreira musical. Penso que todos, mais uns do que outros, temos a "obrigação", ainda que relativa, pois os músicos também têm necessidades como os demais seres humanos, repito, temos a obrigação de dar algo mais que música, por muito boa e bem feita que esteja.
Tenho alguns sonhos, diria ideias, que desejo realizar. São sonhos/ideias concretizáveis, mas não sozinho, claro está.
Já começámos a conversar. Que passo de gigante foi este! Sentar pessoas, algumas até antagónicas politicamente, à mesma mesa ... É obra! Não tenho só eu os louros. Também os tem o Zé Manuel, pois claro. Numa coisa concordámos: é urgente e necessário criar alguma coisa que mexa com as pessoas e as eduque culturalmente. Tem que haver uns e umas carolas a darem a cara e, porque não, o "corpinho" por uma ideia e transformá-la num projecto.
Obrigado aos que estiveram presentes, (hoje não nomeio ninguém - talvez para a próxima semana já os possa identificar), na primeira reunião da futura Associação Cultural! Campo Maior e a Cultura merecem o esforço e o sacrifício.

sábado, 18 de outubro de 2008

Recital

A pianista Maria do Céu Camposinhos vai realizar um recital de piano, tocando obras de:

Mendelssohn, A. J. Fernandes, Scriabin e Chopin

26 de Outubro de 2008, pelas 18 horas

Biblioteca Municipal de Fafe

Entrada Livre

terça-feira, 14 de outubro de 2008

Avaliação de Professores II

Entreguei a minha ficha com os meus "objectivos individuais?". Pronto! Já está!
Mas continuo sem entender nada do que se me pede. Qual será a finalidade de tudo isto?
E para aberração final, aulas assistidas! Não que tenha receio de que alguém veja o que faça, mas já fiz estágio com aulas assistidas e parece-me que não me saí mal de todo ao longo destes anos todos.
Tenho-me perguntado, porque é que fui em anos que já lá vão, (não muitos), sòzinho, nos sábados de manhã para a minha escola, ensaiar os meus alunos, quando podia e devia ter ido passear com os meus filhos? O que é que eu ganhei? Nada, mesmo nada.
Quando deixei a minha família em casa e fui com os meus alunos, em fins de semana a representar a escola em festivais, o que é que eu ganhei? Nada, mesmo nada.
Sinto-me traído por quem deveria e tinha a obrigação política e moral de me (nos) defender e apoiar.
Sinto-me traído e enganado, ainda que não tenha votado, nesta gente ...
Só me resta começar a fazer as contas para a reforma ... E mesmo que perca dinheiro ... Adiós!!!!!!!!

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Avaliação de Professores

Apesar de eu ser professor do 2º Ciclo, não tinha muita vontade de me meter nesta conversa, mas ... estou farto ... cansado ...

Ando irritado, pronto! Estou saturado de papéis e mais papéis para coisa nenhuma. Ainda ninguém da classe política me convenceu que isto da Avaliação de Professores sirva os interesses de quem quer que seja, pelo menos os interesses da Escola Pública, da aprendizagem, do rigor, da disciplina, afinal aquilo que faz falta aos nossos alunos e, porque não dizê-lo, aos nossos filhos. Sim! Porque os professores também são pais e educadores e, mesmo que não acreditem, procuraram e procuram sempre o melhor para os seus "meninos".

Mas voltando à vaca fria.

O que é que se pretende com esta avaliação? Que os professores mais velhos se reformem e assim contratar professores mais novos e com menos tempo de serviço para lhes pagar menos? Se é isso, estamos conversados. E por mais que a "ministra", que de ministra só tem o nome, tente explicar as grandes vantagens e benefícios desta avaliação, eu continuo à busca desses benefícios.

E já agora mais uma questão. Se somos todos iguais perante a lei, então porque não aplicar a todos os funcionários do Estado, incluídos ministros e outros que estão escondidos lá no governo, esta mesma avaliação e dividir todas as categorias em duas:
  1. A de Titular.
  2. E os outros.

Bem, lá andariam os médicos, os militares, os juízes a "brigarem" uns com os outros e, principalmente com o governo.

E como seria com os ministros e os deputados? Ministro Titular? Deputado Titular? Secretário de Estado Titular?

Quanto aos deputados, a gente já sabe que há os titulares e os outros, que ninguém sabe ao certo para que estão lá na Assembleia, a não ser para ganharem uns "cobres" e tratarem da reforma. Boa reforma, diga-se.

Por hoje chega. Prometo que voltarei à carga.

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Início de um projecto

Claro que é musical!

Iniciei-o aqui na minha escola. Vamos lá a ver no que é que isto dá. Espero, e desejo, que seja o princípio do coro e orquestra Orff de Campo Maior.
Está aberto a todos os alunos, a partir do 4º ano do Básico até à Secundária.
Os ensaios são nas 4ªs. feiras das 15 h às 16h e 30m. É pouco tempo, mas é o que há. Assim haja vontade de participar.
O que posso prometer é trabalho e mais trabalho, musical.
Tenho a colaboração, que agradeço, da Banda 1º de Dezembro cá do burgo. Obrigado!

Trabalhos compositivos e Vox Laci

Já há algum tempo em que não escrevo no meu blogue - eu escrevo à portuguesa, ainda! A culpa, como sempre é dos outros, ou seja, dos meus "trabalhos compositivos" e alguma, diria que bastante, preguiça!
A respeito dos meus últimos trabalhos compositivos, ou das minhas composições se preferirem, terminei um ciclo de três canções dedicadas ao nosso ilustre e grandessíssimo poeta, Luís Vaz de Camões: "Descalça vai para a fonte", "Perdigão perdeu a pena" e "Verdes são os campos".
Realmente, é caso para dizer: quem sabe, sabe. O "Luisinho" sabia mesmo aquilo que fazia. Adorei relê-lo. Já lá iam uns anitos, mais de trinta, que não olhava para os poemas do "Luisinho". Como se diz agora, "um espectáculo!"
Recebi hoje um "mail" que passo a transcrever pela importância do seu conteúdo, assinado pelo maestro Myguel Santos e Castro, director do Coro de S. Domingos de Rana. Não poderia estar mais de acordo. Aqui vai. Acho que alguém o poderia fazer chegar à ministra e seus pares. Só lhe fazia bem. Pode ser que se iluminem e isto vá para a frente, como o desejam todos os professores.

Vox Laci ...a voz do lago
Coro de S.Domingos de Rana
Assunto: #32 Palavra de Maestro "Não há segredos: trabalho!"


Em todos os grupos, turmas de escola, equipas no desporto, famílias, coros, locais de trabalho existem sempre dois grupos. Por mais coeso e forte seja um grupo, existem sempre dois grupos: um encontra-se à frente do outro, mesmo que a diferença seja mínima. Dentro desses grupos as pessoas vão mudando de um grupo para o outro. Normalmente no grupo A são pessoas que se sentem totalmente integradas no meio social e função que desempenham; no grupo B pessoas que entraram há menos tempo que no grupo A e que necessitam de tempo para ganharem o seu espaço. Também podemos ter no grupo B pessoas que já tiveram tempo para estar no grupo A mas, por razões que devem ser analisadas individualmente, ainda não fizeram o tal “clique”.
Há só um Ronaldo, Bill Gates, Belmiro,Dudamel, Marcelo. Chamo-os de lebres, pois estão sempre na frente, difícil de acompanhar o seu ritmo e capacidades. São pessoas que não só se destacam no meio onde estão inseridos pelo trabalho desenvolvido como o resultado do seu trabalho é extrapolado para além fronteiras. Porquê que se destacam? Não há segredos. Trabalharam muito e não param de querer evoluir, não se contentam com o que já atingiram, estão constantemente a querer mais e melhor.Também não é segredo: continuam a trabalhar.
Num coro também há lebres. O ideal seria que todos os quatro naipes tivessem lebres, ou seja, coristas que puxam pelos seus colegas. Há que aceitar com naturalidade estas lebres, sem contornar o óbvio. A selecção portuguesa é a mesma sem Deco? Se numa determinada altura um aluno não é a lebre, mas tem como objectivo ser, quando alcança esse “estatuto” pode escolher uma de duas vias: fica contente por ser lebre e trabalha para se manter assim; fica aborrecido pois está à frente e tem que “puxar” os que estão atrás. Talvez seja altura de mudar de grupo ou talvez seja tempo para esperar pelo grupo que vem atrás. Talvez apenas pense que é uma lebre, mas não o é.
O trabalho de um professor, um maestro de um coro, é estar atento e criar métodos de trabalho de encorajamento para quem está à frente e quem não está. Um grupo faz-se com quem está ainda atrás e quer chegar à frente com o grupo. Uma lebre não é grupo, é uma lebre só.
Ficamos abismados com os 20´s dos melhores alunos, os impérios económicos de alguns, os salários milionários de poucos, a perfeição de execução de obras sejam com coros amadores ou profissionais e poderemos ser induzidos a pensar que são dotados e que já nasceram assim. Não é verdade! Tal como não é segredo que quem não joga, nunca ganhará o Euromilhões, também nos coros não há segredos: trabalho!

Com os melhores cumprimentos.o maestro,
Myguel Santos e Castro
http://www.voxlaci.com/