domingo, 30 de agosto de 2009

Respondendo ao Zé Camões

Já era hora, caro amigo, mas acho que tenho desculpa. Ou não?
O que é que eu posso dizer-te?
Um - Não concordo contigo! A ARTE deve fazer tudo menos entreter. Deve obrigar-nos a pensar, quer sejamos actores activos ou passivos. No caso daqueles, os actores activos como é o meu caso, temos o dever e a obrigação de inovar, surpreender os actores passivos levando-os a "viajar" pela criação que se pretende sempre nova, mesmo utilizando "materiais antigos". Não vejo, melhor, não oiço na indústria musical quaisquer indícios de inovação, ou mesmo uma nova forma de recriar. Hoje, independentes ou não, (ainda que eu não perceba a diferença entre uns e outros), soa-me tudo tão igual, com as mesmas estruturas musicais, melodias semelhantes, harmonias paupérrimas, que não merecem a minha audição sequer. E até podem soar muito bem e serem bonitas, mas ... Eu procuro a "BELEZA" das "coisas".
A ARTE. independentemente de eu gostar ou não, tem que chamar a atenção, despertar os sentidos para uma nova forma de ver a realidade, mas não desvirtuando-a ou desfocando-a, antes complementando e melhorando a nossa parca visibilidade da realidade.
Dois - Os meus conceitos de ARTE são muito distintos dos teus. Por vários motivos: idade, experiências de vida pessoal e profissional. Mas aceito sem qualquer prejuízo ou preconceito, os teus conceitos de ARTE, devido à tua experiência de vida e à tua idade. E estes são factores determinantes para termos uma visão completamente diferente de ARTE.
Um abraço.

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