segunda-feira, 20 de abril de 2009

Para tudo há uma idade

Caro Zé Camões
Acho os nossos escritos tertulianos muito, mas mesmo muito interessantes e importantes, pelo menos para mim. Há só um pormenor: "assume-te de uma vez e acabas com os rumores!" Sei que não o vais fazer, mas é coisa que não entendo. Temos que assumir as nossa posições e ideias e defendê-las o melhor que soubermos.
Mas vamos ao que interessa.
Quanto a Música, os meus gostos nem sempre foram os mesmos. Sempre gostei de Música chamada Clássica, mas nos meus tempos de juventude, já tenho 52 anitos, toquei e gostei de Joe Cocker, Rolling Stones, Aretha Franklin, Deep Purple, Plink Floid, Emersom/Lake and Palmer, Bob Dylan, Ray Charles, etc., e tantos outros ... Mas toquei Fados, Jazz, Música Tradicional Portuguesa e não só ... Sei lá, acho que toquei de tudo um pouco. Penso que como músico fiz uma passagem mais ou menos importante por todos os géneros musicais, fazendo sempre uma filtragem, até chegar e ficar com o melhor, pelo menos para mim, que é a "música clássica": desde o Canto Gregoriano até à Musica Contemporânea.
Uma vez li uma entrevista do senhor Joe Cocker que afirmava com todas as letras, que a música que cantava e fazia não era importante, mas sim a de Chopin, Mozart, etc., porque com as suas inovações, permitiam-lhe a ele e aos outros fazer música. E por aí ia divagando. Só já não me recordo onde li essa entrevista, mas creio que foi numa revista de Rock da altura. Quanto ao Woodstock de 1969, eu tinha 14 anos e segui como pude o festival, roendo-me todo por não ser americano.
Quanto à minha visão da música, é sempre a de um músico/compositor e director de orquestra, que tem uma visão muito particular (e crítica) de tudo o que se faz e fez em termos musicais. Digamos que é sempre o técnico a opinar. É que: PARA TUDO HÁ UMA IDADE!
Um abraço.

3 comentários:

  1. Tem graça Vasco, quando ouvi a tua "Dança do Vento", houve qualquer coisa que me fez lembrar os Emerson, Lake & Palmer. Não interpretes mal, só quero realçar que aquilo que somos é sempre o resultado da nossa vivência e, apesar da idade, fica sempre qualquer coisinha, mesmo que infinitesimal, que influência inconscientemente aquilo que fazemos e pensamos. Um abraço.

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  2. Professor,
    Numa das minhas muitas e vagas reflexões, talvez aportada por um certo empirismo (meu) sobre o assunto, crença sádica se lhe quiser assim chamar, no entanto inevitável de ficar cá dentro, tenho mesmo de lhe colocar a questão:
    Teremos música de classes? Isto é: o pobre ouve o rancho, o rico por sua vez ouve ópera ou música clássica, o esperto ouve música étnica, o burro ouve pop, será isto plausível de acontecer?
    Apesar da quase impossível tarefa de padronizar os gostos, podemos de certo encontrar quem se identifique mais com Folk ou com Rock, outros com Jazz, no entanto estaremos na presença de uma “luta de classes”, dando assim origem a novos estilos musicais? Agrada-me pensar nessa perspectiva, o que não é mau de todo, sempre e quando o bom senso predomine e a discriminação nunca apareça.
    Que me diz desta reflexão?
    Cumprimentos.

    P.S – Sábio, muito sábio João Paulo – concordo 100%

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  3. Agradeço que se tenha lembrado de mim para esse desafio,mas já não tenho idade para isso.Gosto muito de poesia e de visitar o seu blog, que acho muito interessante,porque conheço o Vasco e sei que é uma pessoa extraordinária. Desejo de todo o coração que realize todos os seus sonhos.
    Cumprimentos
    luisa

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